Entenda o processo de fabricação do papel

 

As árvores são imprescindíveis para a produção do papel. Isso por causa de um polímero de glicose classificado como um polissacarídeo que compõe sua parede celular. A celulose é uma matéria prima do papel presente em todos os vegetais, no Brasil são fabricados três tipos de celulose: fibra curta, longa e o fluff.

A fibra curta vem do eucalipto que apresenta maior maciez e boa absorção, são perfeitas para a produção do chamado papel branco, utilizado na impressão e escrita, assim como em papéis para fins sanitários.

Originária do pinheiro, a fibra longa é utilizada na produção de papéis mais resistentes, como o papel cartão. A partir dela é produzido o fluff, com alta capacidade de absorção e retenção de líquidos utilizado para produtos higiênicos.

Tanto o eucalipto quanto o pinheiro usados na fabricação de papel não são árvores nativas do Brasil, por isso é necessário cultivá-las em solo nacional. O manejo florestal sustentável garante a renovação da matéria prima e incentiva o plantio, esse cultivo é feito em locais específicos e sempre que uma dessas árvores é cortada, uma outra é plantada em seu lugar.

Após a extração, a árvore é descascada e reduzida a pequenos pedaços, que passam por processos químicos para perderem a lignina, parte inutilizável da madeira que confere resistência às fibras de celulose. Em seguida, a polpa de celulose passa por uma lavagem e um novo processo químico para recuperar parte do licor de cozimento perdido na etapa anterior.

Sua tonalidade branca é conquistada por mais um processo químico, quanto mais lignina a madeira possui mais difícil é o branqueamento.

Essa sequência de etapas transforma a polpa de celulose em uma pasta. Novamente aditivos químicos são adicionados em conjunto com alterações de temperatura. Assim o papel ganha características como altura, cor, resistência a umidade e qualidade de impressão.

Dessa maneira, a pasta é colocada na máquina de papel, onde o resto de água é retirado, passa pela rebobinadeira e a desenroladeira para finalmente atingir as especificações desejadas pelo fabricante.

Existe a crença de que a produção de papel prejudica o meio ambiente, mas a realidade é diferente. Quanto a energia consumida no processo, 77% é produzida pelo próprio setor e 89% vem de fontes de energia sustentável.

O gasto de água ocorre em duas etapas, sendo a primeira durante o cultivo e a segunda nos processos químicos. O manejo das árvores durante o cultivo é feito da melhor forma possível, evitando que as árvores sequem o solo e recuperando terrenos anteriormente degradados. Durante a fabricação o consumo de água realmente é expressivo, porém 82% da água utilizada passa por um tratamento e retorna a fonte de onde foi captada.

O manejo florestal sustentável é positivo para o meio ambiente. A indústria da celulose incentiva a economia circular, usando toda as partes da árvore e quase todos os subprodutos provenientes do processo. 89% da energia usada vem da biomassa, como o licor preto que é gerado após a retirada da lignina. Por fim, o papel é um material altamente reciclável e a SCRAP contribui para reutilizá-lo em até 6 vezes na sociedade. Entre em contato e conheça nossos serviços.

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