Antes de falar sobre o programa RecicLar é preciso falar sobre as empresas que o compõem e como elas exercem seu papel por um mundo melhor. O projeto é uma colaboração entre a SCRAP e a Construide, que viabiliza a construção de casas populares para pessoas de baixa renda.Como vocês já sabem, a SCRAP foi fundada em 1971 por Battista Bellacosa, no bairro do Jabaquara, São Paulo.
Após sua aposentadoria em 1982, a SCRAP foi assumida por Fabio Bellacosa, seu filho. Em 2016, o neto de nosso fundador, Marcelo Bellacosa, se juntou à sociedade, atualmente ocupando o cargo de CEO da empresa. Hoje a SCRAP conta com mais de 100 colaboradores e uma capacidade de reciclar 12 mil toneladas de papel mensalmente.
A Construide foi fundada em 2017 pelo arquiteto Bruno Bordón, que buscava impactar vidas através da construção de moradias por todo o país. A ideia surgiu quando Bruno viajou para o sertão do Piauí em uma viagem missionária, a situação precária de uma família serviu de incentivo para dar vida a Construide. Seis anos depois, sua iniciativa já realizou quase 80 obras, 25 ações sociais, conta com mais de 4.500 voluntários, arrecadou mais de R$ 5 milhões e impactou pelo menos 30 mil vidas.
O programa RecicLar surgiu da união dessas duas empresas, visando gerar recursos da cadeia de reciclagem de resíduos sólidos para impactar vidas de famílias em vulnerabilidade social e omeio ambiente. O projeto está alinhado com a prioridades estabelecidas pela ONU até o ano de 2030, a erradicação da pobreza, saúde e bem-estar, redução da desigualdade, cidades e comunidades sustentáveis e ação contra a mudança global do clima.
Para somar ao programa, o RecicLar busca empresas geradoras de resíduos sólidos, como papelão, papel e plástico. O impacto socioambiental foi desenvolvido em três frentes: gerador,SCRAP e reciclador. Para cada quilo de resíduo coletado para reciclagem, cada parte oferece o valor mínimo de R$ 0,01 para ser destinado à construção das moradias sociais.
Os benefícios ambientais do programa começam na produção de papel reciclado, que não utiliza processos químicos, reduzindo os poluentes liberados no ar em 75% e 35% na água. Cada tonelada de jornal reciclado evita a emissão de 2,5 toneladas de dióxido de carbono na atmosfera, quando produzido a partir das aparas a produção do papel jornal requer entre 25% a 60% menos energia elétrica. Uma tonelada de papel novo reduz a utilização de 50 a 60 eucaliptos, 100 mil litros de água e 5 mil kWh de energia.
Toda as empresas que fazem parte do projeto recebem o selo de compromisso com impacto socioambiental no Brasil, o certificado de destinação final de resíduos fornecidos pela própria SCRAP, que também oferece consultorias e palestras ambientais aos participantes.
A meta do programa é construir 12 casas, impactando 48 vidas e mobilizando 960 voluntários. Essa é a meta da primeira fase do programa RecicLar, que está apenas começando