A revolução do Ecodesign

A capital sueca sediou em 1972 a chamada Conferência de Estocolmo, durante os dias 5 a 16 de junho. A ONU uniu 113 chefes de estado, além de organizações internacionais governamentais e não governamentais, observadores e jornalistas. O principal tema discutido foi o impacto da poluição atmosférica e o consumo excessivo dos recursos naturais no nosso planeta. Nessa conferência, líderes mundiais estabeleceram a ideia de que as gerações futuras têm o direito de usufruir de um planeta saudável e sustentável. Desde então, países buscam alternativas ecológicas para nossa sociedade.

Por sorte, o pensamento socioambiental já crescia, tanto que um ano antes da conferência, o educador e designer austríaco Victor J. Papanek (1923 – 1998) publicou o livro “Design for the real world: Human Ecology and Social Change”, dando os passos iniciais para um conceito que seria desenvolvido depois de 1972: o ecodesign. Esse conceito pode ser definido como o processo que considera aspectos ambientais na arquitetura, desenvolvimento de produtos e execução de serviços, buscando reduzir o uso de recursos não-renováveis ou minimizar o impacto ambiental. Em outras palavras, reduzir a geração de resíduos e economizar custos de disposição final.

O Ecodesign se tornou, consequentemente, um pilar importante para o desenvolvimento da economia circular, elaborada pelo arquiteto americano William McDonough, que projetava tornar o conceito de lixo obsoleto, mediante inovação e justamente o design. Ele propunha a busca de soluções que mantivessem os recursos circulando na economia, via investimento na durabilidade, aproveitamento contínuo de matérias-primas, e adoção de modelos de negócios inovadores, focados na partilha, no design de modelar e fácil desmontagem e sistemas que permitam a recuperação de componentes. Essa ideia anda em acordo com os princípios do ecodesign que prioriza o uso de materiais de baixo impacto ambiental, a eficiência no uso de energia, a qualidade e durabilidade de materiais, a modularidade e o reaproveitamento. Para simplificar, podemos definir o ecodesign em 3 Rs: reutilização, reciclagem e redução.

Um aspecto importante do ecodesign é que seus benefícios não são apenas para o planeta. A promoção de racionamento e uso inteligente de recursos gera de fato melhorias ambientais, mas também contribui para a economia, e consequentemente, lucratividade da produção. Apesar de ainda não definir o padrão do mercado, empresas que adotam o ecodesign se destacam e garantem notoriedade por seus cuidados com o meio ambiente. Por fim, não podemos descartar a importância de adequação as leis ambientais, evitando sansões e prejuízos financeiros graves.

A sustentabilidade faz parte da essência do que é a SCRAP, por isso é satisfatório ver o crescimento de tendências sustentáveis mundo afora. Para ajudar sua empresa as novas tendências ecológicas, você pode contar com nossa ajuda.

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